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Didi e Serjão




Sou Sergio, carioca, analista de sistemas, católico, casado, pai, feliz, adoro viajar, cinema e televisão.



Sou Edwiges, carioca, professora, católica, casada, mãe, feliz, amante dos animais, de praia e de comida japonesa.





Jesus Misericordioso


No dia 22 de Fevereiro de 1931, Jesus diz à Santa Faustina: “ Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em vós. Desejo que essa imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar essa imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei com Minha própria glória.” (Diário de Santa Faustina, nº 47 e 48)
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Eu creio, confio e divulgo a Misericórdia Divina!!!!


A Medalha Milagrosa


No dia 27 de novembro de 1830, às cinco e meia da tarde, em Paris França, Nossa Senhora aparece a Santa Catarina Labouré na capela do convento e lhe faz um pedido:

“Mande fazer uma medalha conforme este modelo. - Todas as pessoas que a trouxerem ao pescoço receberão grandes graças; as graças serão abundantes para os que a trouxerem com confiança.”

Ó Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!

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[segunda-feira, 1 de outubro de 2007]

A Didi conseguiu!!!

Oi queridos amigos, finalmente estou dando notícias, não é? Agradeço muito a Flavinha por ter escrito na minha ausência, obrigada minha amiga linda!
Preciso dizer que estou muito feliz? Só para ficar mais registrado:
ESTOU MUITO FELIZ!
ESTAMOS MUITO FELIZES!!

O nascimento do João paulo foi lindo, um momento que me alegrarei com ele para o resto da vida. E o meu caçulinha é muito lindinho, ele é um anjo, não dá trabalho nenhum, dorme pra caramba e quase não chora, nem parece que temos um recém nascido em casa! Ele já fez 1 mês de vida e eu e Sergio estamos nos sentindo muito realizados com nossos filhos. Estou muito feliz porque minha Maria Clara ganhou a bênção de ter um irmão.

Esses primeiros dias com o recém nascido em casa são bem agitados, no dia que voltei para casa com meu marido Sergio e nosso filho nos braços, fui recebida na porta de casa pelas pessoas que mais me amam na vida: meu pai, minha tia e Clarinha, toda feliz porque a mamãe, o papai e o irmãozinho estavam chegando. Recebi a graça de ter tido um parto normal E foi muito bom tb porque teria uma filha pequena em casa querendo a minha atenção. Na maternidade mesmo, lembro bem-humorada das expressões de espanto das pessoas quando me viam andando rápido pelos corredores, enquanto as outras mães andavam devagarinho por causa da cirurgia.
Estou conseguindo cuidar da Maria Clara, estou dando banho nela, arrumando-a para a creche, colocando minha baixinha para dormir a noite... e por causa disso que ela está muito bem, carinhosa com o irmãozinho, feliz, sorridente. Claro que já precisei colocar a Clarinha no meu colo enquanto amamentava o João Paulo... fazer o que? Tive que me virar! Ela cismou que queria vir para meu colo justamente na hora que ele estava mamando, não poderia nunca negar isso a ela! Assim, vamos vivendo muito bem!

O período de adaptação está sendo o melhor possível. Eu mesma sou outra pessoa, a muito tempo, desde que enfrentei a doença da minha mãe, não sou mais a mesma pessoa. Agora, não dá pra esconder que a maturidade aumentou, eu enxergo a maternidade como não enxerguei na época da Clarinha recém nascida. A INTEIRA DOAÇÃO que a maternidade exige não me afeta mais, não me sinto roubada do tempo, do corpo, do sono...aprendi que o momento é esse e quero curtir o máximo possível porque falam tanto que passa rápido, não é? Pode ser verdade!
Eu vivi a escola "Maria Clara" como esses quase 2 anos me fizeram crescer! E ainda tenho tanto a crescer! Acho que os filhos mais velhos sentem muito mais, tudo é muito novo, as vezes maravilhoso e as vezes, desesperador.
E agora, olho emocionada para o João Paulo e cada dia enxergo os traços da minha mãe que mora no céu, ela queria tanto ter netos! Ficarei muito agradecida a Deus se eu puder ver um pouco da minha mãe no rosto do meu filho.

Agora, com vocês, o RELATO DO PARTO, divirtam-se!!
Um beijo grande!!

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Eu cresci escutando que meu nascimento foi cesareana porque minha mãe não teve dilatação e depois comecei a agradecer a Deus por isso afinal eu, ao nascer, estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço... Santa Ignorância! Quando fiquei grávida da Maria Clara, conheci a lista do yahoogrupos “parto nosso” que foi uma escola para mim, além disso, fiz amizades lindas, coisas que a internet nos presenteia. Aos poucos fui entendendo que há um movimento nadando contra a maré, mostrando e aos poucos conseguindo que o parto normal pode ser vivido de uma forma mais humanizada e que a grande maioria das cesáreas são desnecessárias e acontecem muitas vezes por falta de informação.
Eu acredito que qualquer mulher que conhecesse bem o assunto parto normal não faria opção pela cesárea e muito menos se deixaria “enganar” por uma desculpa esfarrapada do seu obstetra, com exceção das mulheres que conhecem o assunto e mesmo assim fazem a opção pela cesárea conscientemente.
Num mundo onde se faz a opção pela rapidez, onde apertar um botão e estar tudo pronto é comum, é difícil conscientizar pelo bem que faz ESPERAR pacientemente pelo momento certo. E falo isso tanto de médicos como de pacientes.
Quero deixar claro que não sou em hipótese alguma contra a cesárea. Ela é uma benção de Deus quando usada para salvar vidas, mas, não concordo com o alto índice de cesáreas que poderiam ser evitadas e que acontecem pelos motivos mais banais. É só pesquisar que as “teorias” usadas caem por terra. E em muitíssimos casos roubam de uma mulher a possibilidade de vivenciar um parto normal sonhado. Também não concordo com um ambiente hostil que há nas maternidades públicas onde as mulheres vivem um “parto normal frankstein” e não tem nem direito a um acompanhante. Esse ambiente transforma um momento especial em algo traumatizante para muitas.
Minha filha Maria Clara que tem hoje 1 ano e 10 meses nasceu de cesárea depois de 17h de trabalho de parto e com 10cm de dilatação. Tudo estava indo bem, eu tinha uma doula, plano de parto, mas a minha falta de experiência me fez pedir a anestesia muito cedo, com quase 6cm de dilatação e depois tomei mais uma dose aos 10cm. Fiquei parada, sem me movimentar e a Clarinha não desceu, ficou alta e empacou no canal do parto. No caso dela, nem fórceps dava jeito. Para piorar a situação, ela estava posterior e defletida e como eu estava imóvel por causa da anestesia, acabei numa cesárea. Me culpei durante 1 semana, sofri, chorei, me senti derrotada. Só parei quando escutei da minha doula que o procedimento tinha sido certo e que com a posição do bebê e eu anestesiada, minha filha não nasceria de parto normal.
Sinceramente, não culpo o obstetra, a situação era num todo problemática: posterior, defletida, mãe anestesiada duas vezes e sem se mexer e exausta... quando me foi sugerida a cesárea, na hora não fez diferença. Caso eu não estivesse anestesiada, eu teria mais chances, sei que no meu caso a anestesia só complicou mais ainda.
Mas, enfim... que bom que aconteceu tudo isso, pq agora tenho a chance de mostrar a todos que é possível um VABC (parto vaginal após cesárea).

O domingo, dia 26 foi muito especial para mim, meu coração já me dizia que eu e meu marido Sergio precisávamos aproveitar algum tempo juntos pq provavelmente depois seria mais difícil com duas crianças pequenas. Fomos à missa na Igreja Coração de Maria. Antes da missa, nós nos confessamos e durante a celebração, comecei a me emocionar e sentir que estava muito perto para o João Paulo nascer. Foi muito especial, um momento que não se explica e não se racionaliza. Depois da missa, fomos jantar comida árabe e voltamos para casa. Eu já estava muito cansada.
Na madrugada de domingo para segunda, dia 27 eu acordei várias vezes com dor na lombar. Acordei antes das 7h da manhã pq tinha perdido o sono por causa da dor. Comecei a cronometrar e estava de 10/10 min. Era a minha velha conhecida dor na lombar, a mesma dorzinha que senti no trabalho de parto da Clarinha e acho que nunca vou esquecer. O Sergio iria entrar de férias na sexta, dia 31 e estava meio tenso pq precisava daquela semana para colocar tudo em dia no trabalho antes das férias. Combinei comigo mesma que não contaria para ele, só se as contrações apertassem, sinceramente eu não queria contar, mas não deu... antes dele sair para trabalhar, eu precisei contar, para mim, com contrações ritmadas, era óbvio que eu estava em trabalho de parto e como já era o segundo filho, poderia ser tudo fosse rápido demais. Meu marido ficou ótimo, foi para o trabalho com a promessa de voltar depois do almoço.
Telefonei para a Ingrid, minha doula querida, importante para mim desde o nascimento da Clarinha. A ligação entre uma mãe e uma doula é para a vida toda, alguém que vamos nos lembrar para sempre, alguém que faz parte de um momento especial demais na vida de uma mulher. Para quem não sabe o que é uma doula: (www.doulas.com.br), ela prometeu que também chegaria depois do almoço.

Era segunda dia 27, na terça dia 28 eu completaria 39 semanas. Iria cuidar dos últimos preparativos naquela semana. Logo que meu marido saiu para o trabalho, fui com contração e tudo mais, rs, fazer depilação!! Era umas 9h da manhã e ainda bem que aqui na Tijuca onde eu moro tudo é perto... Na recepção veio uma contração e eu gesticulei para a recepcionista: “estou em trabalho de parto”, a moça quase caiu para trás e logo depois veio a moça que faz a depilação toda esbaforida e com os olhos arregalados, hehehe... eu falei: “Calma que não vai nascer agora”. Ainda passei nas Lojas Americanas pq precisava comprar um travesseiro para minha tia que estava na minha casa. Ainda pensei em fazer uma escova no cabelo, queria ficar bonita!!! Mas era segunda feira e não havia um salão perto da minha casa aberto... como eu também não estava com disposição de fazer eu mesma, deixei para lá! Chegando em casa, mandei alguns emails avisando aos amigos pq tinha certeza absoluta que o João Paulo nasceria naquele mesmo dia, no dia 27 à noite.
Telefonei para duas amigas, a Gica e a Geizi que acompanhariam o TP também e enquanto eu estivesse em casa, me ajudariam e ajudaram muuuuitooooo, sim! Sergio e Ingrid precisavam ficar um pouco no trabalho deles para poderem me dar atenção total depois quando o bicho pegasse, enquanto isso as duas foram meus braços direitos. Às 16h, Sergio, Ingrid e Gica foram comigo ao consultório do obstetra, eu estava com contração desde a madrugada, ou seja, para mim eu estava em TP há 12h, só que... não vi nenhum sinal do tampão mucoso... nada, nada, nada... mesmo sentindo contrações tão ritmadas e que já incomodavam muito. A Ingrid já havia me alertado, falando que eu estava muito no início que devia ser ainda a fase latente e não trabalho de parto efetivo. Eu imaginava que iria desmarcar a mulherada toda que estava na sala de espera, como tantas vezes aconteceu comigo e que me deixava irada, ihihih, quando liguei para o consultório e falei com a secretária ainda brinquei: “Eba! Agora chegou a minha vez de desmarcar todo mundo!!”
Quando o médico me examinou, disse o que eu temia, mas que esperava: “Colo macio, mas fechado”, ou seja, eu NÃO estava em trabalho de parto! Era a fase latente, eu estava prestes a entrar em TP, isso deveria acontecer em 3h ou 1 dia, era imprevisível, mas que estava perto, estava. Voltamos para casa. Nessa hora me bateu um desânimo tão grande... pq eu já sentia dor que incomodava bastante e não tinha nada de dilatação, nem 1 centímetrozinho para me dar algum incentivo! No carro mesmo, comecei a chorar, eu queria era um colo mesmo, precisava de apoio. No fundo do meu coração eu sabia que não queria desistir. Sempre soube que para se ter um parto normal era necessário ter paciência ou estaria prestes a cair de cabeça numa cesárea desnecessária.
Em casa, a Ingrid me deu o colo que eu precisava, ela teve sensibilidade, deitei no seu colo e chorei, fiquei com medo sim, sabia que aquelas contrações ficariam muito fortes e naquele momento eu temia isso. Também tive medo de não dar certo mais uma vez, de chegar perto e de dar alguma coisa errada e tive medo de cuidar de duas crianças pequenas. Depois que coloquei tudo isso para fora, melhorei muito e fomos todos lanchar. A Maria Clara já havia chegado da escolinha. Ficamos todos sentados na minha cama, eu, Sergio, Gica e Ingrid brincando com Maria Clara. Depois eu fiquei um tempo sentada na bola suíça.

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Eu, na bola suíça e Ingrid, minha doula.

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Maria Clara chega da creche!

Já era noite do dia 27, Geizi chegou e a Ingrid voltou para o trabalho, continuamos todos na minha cama, enquanto vinham as contrações, Geizi fazia contra-pressão na minha lombar. Dei atenção para a minha filhotinha, beijei-a muito, ela estava prestes a deixar de ser filha única para ser a irmã mais velha. Nessa noite, Clarinha rabiscou a minha barriga, deu beijo, falou “João Paulo, eu te amo” e escutamos mil vezes a musiquinha do “Tubarão”. O Sergio ficava toda hora cantarolando um pagode e eu nem gosto de pagode, mas a tal música não saía da cabeça dele para o meu desespero... era aquela “Me liga, me manda um telegrama...” Fala sério!!! Entre as contrações, eu, Geizi e Gica ríamos muito, fazíamos muita bagunça e nos divertíamos. Quando vinha uma contração mais forte eu afundava a cabeça num travesseiro e quando eu levantava com o cabelo todo em pé, me arrependia amargamente de não ter feito uma escova!!! Hehehe...

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Durante o TP, eu e Sergio no intervalo entre contrações.

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Clarinha prestes a virar irmã mais velha.

Eu estava com uma “equipe” muito boa, eu sabia que aquelas pessoas não me deixariam desistir. O meu trabalho de parto inteiro foi muito humanizado e voltado para mim e para o que eu precisava. Foram momentos onde eu fui profundamente respeitada. Quando eu queria chorar, recebia apoio, recebia carinho, massagem ou apenas um olhar cheio de compreensão ou um toque no ombro. Os momentos de desânimo foram bem menores do que os de animação. Na maioria do tempo dessa noite, eu estava bem e brincava, ria com o Sergio e minhas amigas. Todos nós estávamos bem humorados e felizes por que era a hora que já esperávamos a muito tempo, cada um de nós a sua maneira, pq estava combinado que essas pessoas estariam presentes durante o trabalho de parto.
Quase 22h, comecei a sentir que as contrações não eram apenas na lombar, comecei a sentir a contração também na barriga, comecei a sentir também o bebê descendo e isso foi me animando muito. Eu sabia que estava perto. Logo depois disso eu fui para a água quente. O Sergio preparou a banheira para mim e assim que eu entrei, já pude sentir um grande alívio e como estar dentro d’agua quente me relaxou. Eu consegui até cochilar na água. Fiquei 1h na banheira e depois fui para o chuveiro quente. O Sergio foi dormir um pouco enquanto a Geizi e a Gica ficavam comigo, me fazendo companhia e cronometrando as contrações. Nesse momento, vi que o tampão mucoso estava saindo. Fiquei tão feliz! Agora a dilatação iria começar a acontecer, já era meia noite e se iniciava o dia 28 de Agosto, dia que João Paulo ia nascer.

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Geizi, eu e Gica fazendo palhaçadas entre as contrações.

Todo mundo dormia na minha casa e eu fui para o computador escrever um email para os amigos, aqui está parte dele:
“Fiquei em casa com o Sergio, minha doula e duas amigas, já ri para caramba e já chorei tb... já chorei no colo da doula pq estava com medo... já me animei e fiquei bem depois... já fiquei na banheira de água quente e no chuveiro.. já recebi bastante massagem nas costas, já comi sanduíche... já deixei a Clarinha rabiscar a minha barriga... e já ouvi ela falar "João paulo, te amo" e dar um beijinho.”
Eu estava muito cansada, tudo que eu queria era dormir um pouquinho. Estava acontecendo muito parecido com o trabalho de parto da Maria Clara que também aconteceu de madrugada. Na primeira vez, eu não dormi nada o que me prejudicou muito. Eu queria descansar e deitei com Sergio. Consegui dormir profundamente entre as contrações que vinham de 10/10 min, 6/6 min e às vezes de 8/8 min, os intervalos não eram de todo constantes, e a duração das contrações eram de 30 a 40 segundos. Eu já estava a quase 1 dia em pródomos... era preciso que eu tivesse paciência e esperasse. Tudo dependia muito do meu emocional, eu precisava estar bem focada no meu objetivo e ter paciência, esperar, esperar, esperar. O parto normal exige espera e por isso muita gente não agüenta e marca uma cesárea, não agüenta de ansiedade e nem espera o trabalho de parto começar ou não estavam preparados para viver um trabalho de parto. Assim perdem o melhor da festa por que não foi para mim sacrificante esperar, ao contrário, eu vivenciei minuto a minuto o grande momento da minha vida até hoje.
Ás 3h da madrugada do dia 28, comecei a sentir que as contrações estava muito mais fortes do que antes. Já havia se passado praticamente 12h que eu fui examinada e resolvi telefonar para o obstetra de novo, ele mandou ir para a Perinatal. Eu seria examinada pelo plantonista. Telefonamos para a doula que foi nos encontrar na maternidade.
Tudo que tinha sido ruim no trabalho de parto anterior por falta de experiência, eu fiz diferente dessa vez, por isso, me preparei para ir no banco de trás do carro e não ir sentada imóvel e de cinto de segurança no banco da frente, hehehe. Não deu muito certo porque fiquei meio imóvel entre a Geizi e a cadeirinha de carro da Maria Clara... mesmo assim, quando vinha uma contração a Geizi dava um jeito de fazer massagem na minha lombar. Quando entramos na recepção da Perinatal, eu vi a mesma cena de quase 2 anos atrás, também era madrugada, também era quase 4h da manhã e a recepção estava vazia, óbvio! Veio uma contração e eu me abaixei no balcão da recepção, uma enfermeira perguntou há quanto tempo eu estava daquele jeito, a Gica respondeu, mas não lembro nada do que ela disse.
Nessa hora vi o quanto dá certo contratar o serviço de filmagem e fotografia nas cesareanas marcadas por que se chega na maternidade linda, maquiada, escovada, cheirosa e sorridente, com a família toda em volta igualmente sorridente, hahahahaha... eu pensei em contratar, mas não quis, eu mesma desisti por que iria dar um chute no filmador se ele se aproximasse um pouco mais de mim. Sem condição de me sentir filmada por um estranho numa situação dessas ou de saber que ele estaria por perto e filmaria alguma coisa... não funcionaria no meu caso.
O médico veio me examinar, constatou que eu estava com contração, com o colo 70% apagado, mas para a minha decepção eu continuava com o COLO FECHADO. Meu Deus!! Eu estava em pródomos a 1 dia e já havia 12h que fui examinada pelo meu obstetra e nada mudou?? Se uma mulher não estiver preparada para essas coisas e se ela não estiver tendo apoio de ninguém, na primeira oportunidade, ela vai querer a cesareana.
Agora vem a pior parte de todo o processo. O médico me mandou para a cardiotocografia. Sergio fez a mesma pergunta para o médico e para a enfermeira: “para que serve esse exame?” a resposta da enfermeira foi: “Para avaliar o bem estar o bebê.” E o médico respondeu: “para ver se o bebê está em sofrimento”. Dois profissionais e duas visões tão diferentes!! Bem, falei que foi a pior parte, não é? Bem, isso foi de fato sofrimento. Se alguém comentar um dia comigo que eu “sofri muito” para o João Paulo nascer, eu posso responder que sofri apenas quando me colocaram no cardiotoco. Foi desesperador, eu com contração forte, muita dor e tendo que ficar 30 min IMÓVEL. Quando vinha a contração, eu chorava, as lágrimas escorriam, Sergio ficava de um lado, Geizi do outro me dando o maior apoio e Gica cronometrava as contrações. Mas, o tempo foi passando e foram os mais longos 30 minutos da minha vida. À medida que o tempo passava e o médico não terminava o exame, Sergio, Geizi e Gica sofriam comigo, se remexiam impacientes e reclamavam que estava demorando muito. Esse exame me desestruturou completamente, fiquei completamente desequilibrada. Já não queria mais saber se seria parto normal ou não, tinha perdido o meu foco. Mas, minha equipe de parto era muito boa e não me deixariam desistir. Eles sabiam o quanto tudo isso era importante para mim quanto pessoa e que lá dentro do meu coração eu não queria desistir de verdade. Nas vezes que eu falava “eu não consigo”, a Geizi e a Gica respondiam em coro: “conseeeeeeeeegue!!”. Quando eu dizia “não vou conseguir”, elas falavam: “vaaaaaaaaaii!!”. Era muito fácil falar; “Ta bom, Didi, vamos conversar com o médico e vc vai para a cesárea, assim tudo vai acabar rápido.” Mas, eles sabiam que não era isso que eu queria e me ajudaram a voltar para meu objetivo.

Acho que quem inventou qualquer situação que fosse que impedisse uma grávida em trabalho de parto de se movimentar ou que a deixasse imóvel por qualquer motivo com contração deveria queimar no fogo do inferno!!!!!!!!!!!!!! Quando terminou o exame, o plantonista telefonou para meu obstetra e comunicou o meu NADA de dilatação, passando o telefone para mim, conversei com ele que reforçou o meu colo fechado e se eu queria ficar na maternidade ou voltar para casa. Falei que queria me internar. Voltar para casa para mim naquele momento seria a morte, para o meu emocional seria muito pior, fora que ter contração dentro do carro era o ó do borogodó... preferi me internar.
Saí desse exame bem desequilibrada e chorando muito. Sim! Foi sofrido. Nessa hora achei que a cesárea era a sétima maravilha do mundo... a Ingrid entrou comigo no banheiro e me deu uma prensa. Falando bem baixinho, mas sendo firme, me chamou a realidade. Falou que era assim mesmo que acontecia e que eu devia retomar ao meu foco principal senão ficaria muito difícil. Parei de chorar e de me sentir uma coitada na mesma hora e subimos para o quarto 603. Eu estava muito bem equipada com minha doula, meu marido e minhas amigas. Eu fico repetindo isso porque foi fundamental para mim estar com pessoas que eu confiava e que também confiavam em mim. Já dentro do quarto, fui imediatamente para a bola suíça e comecei a me concentrar novamente, as contrações já não pareciam tão desesperadoras. Eu estava dentro de um hospital e não tenho problemas com isso, sempre gostei de hospitais e já quis ser médica um dia. Mas... nesse mmento entra porta adentro uma enfermeira cheia dos procedimentos hospitalares e me viu com um copo de água na mão. A bendita quase arrancou o copo da minha mão: “não pode beber água!!” Respondi que meu médico tinha liberado, que estava no meu plano de parto e por isso eu podia beber água, sim. Fala sério, como que uma mulher pode encarar um trabalho de parto altamente desgastante fisicamente sem comer e beber nada??? Eu bebi água e ainda tomei iogurte. A querida enfermeira ainda queria que eu no meio de uma contração assinasse um papel lá da internação... Deus do Céu!! Discernimento zero... Sergio me socorreu e assinou por mim e teve que ser meio grosso com a fulana e falar que o titular do plano era ele, por que ela queria que eu assinasse no meio da contração, ou seja, quando eu estou começando a me concentrar novamente, entra no quarto essa criatura maravilhosa...
As contrações estavam incomodando muito. A Ingrid colocou a boa suíça debaixo do chuveiro quente. Esse foi um momento muito especial, ela apagou as luzes do quarto e entrou comigo no banheiro que também estava com as luzes apagadas. Ficamos as duas até amanhecer, eu sentada na bola suíça, debaixo do chuveiro de água quente e a Ingrid sentada do meu lado, nós não falávamos nada e não precisava naquele momento, a sintonia entre nós duas era grande e só de uma olhar para a outra já bastava. Comecei a relaxar novamente, abaixava a cabeça no colo dela e entre as contrações conseguia dormir profundamente. Quando vinha a contração, eu me concentrava nela e falava para mim mesma; “Vai passar e está passando”.
Eu estava a apenas 1h com a Ingrid no banheiro e já estava super bem, chegou o meu obstetra, era 5h da manhã do dia 28 de Agosto. Era a hora de ver a dilatação, mas fiquei tranqüila, apesar de querer muito que a dilatação estivesse pelo menos no 1cm, sabia que as notícias poderiam ser boas ou não. Para a alegria de todos nós que ansiávamos por isso, eu já estava com 3cm de dilatação. Em apenas 1h havia dilatado 3cm!! O médico também ficou animado foi fazer umas visitas na Casa de Saúde São José, perto dalí, voltei para a bola suíça. Estava cansada de ficar no chuveiro e fiquei na bola recebendo massagem com óleo na lombar e bebendo água quando eu quisesse, rsrs.
Perto das 7h da manhã, as meninas foram comprar nosso café da manhã e eu voltei para o chuveiro quente carregando a bola suíça e a Ingrid porque tinha dado muito certo anteriormente. Percebi que as contrações começaram a se intensificar muito mais e eu não conhecia aquela intensidade. No parto da Clarinha, eu tomei anestesia com quase 6cm de dilatação e a partir daí não senti mais nada. Mas seria possível eu já estar com a dilatação além disso? Só se passou 2h do último exame...

Um tempo depois comecei a querer que o médico voltasse para ver a dilatação, eu já estava chegando ao meu limite, as contrações estavam muito fortes e comecei a pensar na dose reduzida de anestesia que eu pediria. Mas eu só pediria a anestesia quando estivesse na “partolândia”, ou seja, quando estivesse vendo estrelas, dessa vez eu faria melhor do que da outra vez. Eu falava: “Ingrid, tá muito forte!”. Pedi para ela telefonar para o médico que já estava no caminho de volta. Um pouco depois ela chegou, era 7h da manhã, já foi difícil sair de onde eu estava e deitar na cama para ser examinada. De olhos fechados eu só escutei a voz dele: “7cm de dilatação!!”. Apenas eu e Ingrid escutamos por que o Sergio estava dormindo e as minhas amigas não estavam. Se eu estivesse em condições, teria pulado de alegria porque eu saí de 3cm às 5h para 7cm às 7h!! Em duas horas apenas!!!
Por isso que eu estava sentindo as contrações muito fortes, por isso que eu comecei a pensar na possibilidade de pedir a anestesia, eu estava na fase de transição. A fase mais punk do trabalho de parto, eu já sabia que não era nada fácil, mas tudo bem, eu já sabia que era assim, tenho uma lembrança que hoje é engraçada que eu quis moder o Sergio... Eu estava há 1 dia com contração, prodomizando e esse finalzinho estava demais para mim, me permiti tomar a anestesia. Já havia passado do limite que eu mesma coloquei, de só tomar a anestesia quando estivesse na transição. E tomei a decisão mais acertada para o meu caso que estava começando a me desestruturar de novo. Para mim, meu limite de dor havia chegado, não dava e eu não precisava bancar a durona. Eu já tinha me superado.
Às 7:22h chegou o maqueiro para me levar de maca para o centro cirúrgico, esse pessoal de maternidade com altos índices de cesárea não pensam que um dia, hehehe, poderá nascer alguém de parto normal, né? Como que eu vou deitar numa maca na fase de transição do parto normal??? E tem mais... passamos a gravidez inteira escutando que não podemos deitar de barriga para cima por que comprime a veia cava e a aorta... agora pode deitar de barriga para cima?!! Procedimentos hospitalares... ainda questionei se eu poderia ir andando, mas como estava com pressa, queria ir logo para o centro cirúrgico, falei que tudo bem e deitei na bendita maca.
Fui para a sala de parto humanizado que fica dentro do centro cirúrgico, não era mole quando vinha contração naquela posição! O Sergio e a Ingrid foram trocar de roupa. Lembro de uma enfermeira falando alto: “fulana, pega uma roupa GG!” Estava falando do Sergio, óbvio!!! Hehehe. Nesses momentos que fiquei um pouco sozinha, veio uma contração que eu quis desaparecer, eu estava sozinha e sem meus apoios. Uma enfermeira teve sensibilidade e segurou minha mão e ficou comigo enquanto passava a contração, lembro dela falando: “Eu sei, minha filha, já tive dois, sei como é.” Não a vi depois, mas agradeço imensamente ela ter ficado 1 minuto comigo. O intervalo entre as contrações estava bem curto e logo depois já vinha outra. A Ingrid deve ter enfiado a roupa em segundos porque imediatamente já estava do meu lado. Eu agarrava a Ingrid quase pelos cabelos e perguntava a ela se o anestesista já tinha chegado e não vou esquecer da expressão dela meio que sem coragem de falar que não, ele não havia chegado, rs. O Sergio já havia vestido a roupa GG dele, rsrs e estava comigo também.

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Papai pela segunda vez e sua roupa tamanho GG.

O anestesista não demorou, aliás, era um senhor já e virei fã dele, super bem-humorado e atencioso. Ele agiu rápido quando viu o meu estado, mas para mim foram minutos bem longos. Percebi que a Ingrid ficou um pouco tensa por causa da anestesia, ela ainda me perguntou se eu tinha certeza, se queria de verdade a anestesia porque achamos que foi um dos fatores que atrapalhou o parto da Clarinha, mas de todo coração, eu confiei em Deus e que não cairia dois raios no mesmo lugar, era uma outra situação, eu já estava com praticamente 8cm de dilatação e me entreguei nas mãos de Deus, a anestesia foi a melhor coisa naquela hora que eu estava me desequilibrando.
Quando a anestesia fez efeito, eu até dormi uns 20 minutinhos. Tudo nesse momento era diferente do outro parto que vivi, eu sentia as contrações, mas não sentia a dor, isso para mim já fez uma grande diferença, era tudo que eu queria e falei isso muitas vezes durante a gravidez.

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Relaxando depois da anestesia na fase de transição.

Um novo exame para conferir a dilatação e escutei o médico falar: “dilatação total!” Eu nem dei bola, estava tão relaxada depois da anestesia que apenas olhei para o relógio e vi que era 8:20h da manhã do dia 28. Fiquei muito feliz, tudo aconteceu muito rápido. Agora me lembro que um dia eu rezei assim: “Senhor, que seja rápido e fácil!” hahahaha, podem falar, eu sou muito abusada, né? Rápido e fácil parece até nome de transportadora... Deus deve ter me olhado e pensado: “para ser rápido, precisa acontecer alguma coisa antes que justifique isso...” Aí Ele me deu 1 dia de pródomos!!!! O meu trabalho de parto efetivo foi rapidíssimo, apenas 5h no total. Eu apostava em 8 ou 10h, por ser segundo filho, geralmente é mais rápido, mas 5h, superou as expectativas! Minha amiga Socorro Moreira falou que se eu tiver o terceiro filho, será em meia hora!!! Hehehe.

Nos preparamos para o expulsivo, o clima era outro, estávamos todos muito felizes porque o João Paulo estava bem baixo, quase coroando e como o obstetra falou “esse aqui não tem como não nascer”. O obstetra me falou que Dessa vez a sala do parto não parecia o maracanã em dia de jogo, havia poucas pessoas: a pediatra, a enfermeira e o outro obstetra. Eu era um poço de tranqüilidade, estava no céu, muito feliz. Comecei a fazer força para que o João Paulo nascesse. Nunca vou esquecer esse momento. Primeiro foi o meu corpo trabalhando e agora era eu mesma que estava ajudando o meu filho a nascer, era eu, era o meu esforço, éramos nós dois, João Paulo e eu. Como eu sentia a contração, sentia a barriga toda endurecer, eu me concentrava e fazia força para baixo. O médico olhava para o Sergio e falava “na próxima, nasce.” Ele queria dizer que na próxima contração, o João Paulo nasceria.

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Estivemos juntos o tempo todo.

Como o João Paulo não nasceu “na próxima”, o outro obstetra começou a colocar a mão na minha barriga. Era o mesmo médico que fez a manobra de Kristeller em mim no parto da Clarinha. Quando ele colocou a mão na minha barriga, eu pensei “Se ele tentar fazer kristeller, vai tomar uma mordida!” Mas, não fez, graças a Deus! O médico fez uma episiotomia que eu não queria muito, mas nada que estragasse o momento e não fiquei aborrecida com isso. Um pouco depois, senti uma forte pressão, senti a cabeça do João Paulo coroando e saindo. Que sensação maravilhosa e mais ainda porque a anestesia não me roubou esse momento. Quando saiu a cabecinha, foi uma vibração, o Sergio estava muito feliz com os olhos brilhando e me olhando sorridente, a Ingrid também estava muito contente e tirava fotos o tempo todo. Não resisti e passei a mão na cabecinha do João Paulo toda meladinha, eu já tinha visto mães fazerem isso em livros e também na televisão, aí não teve como não fazer o mesmo. O João Paulo estava com a cabeça do lado de fora e o corpinho do lado de dentro. Escutei o médico falando “circular de cordão”, nossa... se eu pudesse, teria pulado de alegria, fiquei feliz demais em saber que ele estava com circular de cordão e não apenas uma, mas duas circulares!! Fiquei feliz sim, porque eu sabia que cordão umbilical enrolado no pescoço não era impedimento para parto normal e como já escutei pessoas falando que não poderia nascer de normal, agora veio o João Paulo para mostrar que o que eu falava era verdade. O médico passou uma alça do cordão por cima da cabeça do João Paulo, depois passou a outra alça e senti o corpinho dele saindo. Nem precisei fazer outra força, o meu filhote nasceu apenas com a contração em si. Imediatamente ele foi colocado no meu colo, todo sujinho, todo meladinho, nasceu com os olhos bem abertos, acordadão! Ele escolheu a hora dele nascer, ele mandou! Ele decidiu! Nem chorou, estava tão calmo e ficou me olhando, era eu e ele nos conhecendo pessoalmente. Achei-o lindo!! Momentos que ficarão guardados no coração para sempre.

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Empurrando para o João Paulo nascer!!!

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Saiu a cabecinha!!!

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... E meu anjinho veio para meu colo! Bem vindo, filho! Te amamos!

Aí a Ingrid me lembrou: “Edwiges, vai tentar amamentar?” Claro!!! A enfermeira me ajudou, essa enfermeira foi a mesma que eu detestei no dia que fui visitar a Perinatal porque ela falava sempre “SE” for possível o parto normal... como se o normal fosse a cesareana... ela não lembrou de mim, mas não esqueci a cara dela! Apesar de que ela foi ótima no dia e me ajudou a colocar o João Paulo no peito para mamar, mas ele não deu muita bola e ainda ficou um bom tempo no meu colo. Escutei o médico perguntando para o Sergio se ele queria cortar o cordão, até parece que ele iria perder essa oportunidade única na vida! O Sergio cortou o cordão. Eu estava me sentindo ótima, nem parecia que eu tinha acabado de parir! Estava super desperta, participando de tudo. A pediatra pegou o João paulo e o examinou ali na minha frente, eu mandando o Sergio sair da frente porque eu queria ver tudo! Apgar 9/10. Enquanto tudo isso acontecia, o médico dava os pontinhos da episiotomia.

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Eu e João Paulo na tentativa de amamentar na sala de parto, ajudada pela enfermeira com a Ingrid toda boba ao fundo.

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Muita alegria e emoção!

O Sergio levou nosso pequenininho para o berçário, chegando lá, Geizi e Gica esperavam e pularam de alegria quando o Sergio apareceu como João Paulo no colo. A Geizi perguntou através do vidro “normal?” e o Sergio respondeu que sim, havia sido parto normal. Quando ele voltou, todo feliz, eu já estava na maca para subir para o quarto de volta. O mesmo maqueiro que me levou deitada na maca tendo contração perguntou se havia sido normal, hehe. Felicidade era pouco, eu estava radiante, feliz da vida, havia conseguido. Chegando no quarto, pude beijar a abraçar todos, Sergio, Ingrid, Gica e Geizi, todos que estiveram comigo durante esse tempo todo, durante todo o processo do trabalho de parto, a vitória era deles também. Foi uma festa no quarto e tive que escutar Sergio, Geizi e Gica me imitando e caçoando quando eu dizia que não queria mais, que não me importava e até quando eu fazia bico de chôro... não é Geizi?!
Estávamos na maior alegria no quarto quando entrou uma enfermeira meio perdida falando que o meu médico não havia deixado nenhuma prescrição de remédio para mim... rimos pra caramba, por que será, né? Eu não havia feito uma cirurgia!!! Não precisava dos antibióticos... Só tomei uma dipironazinha por causa da episio. Dei um relax para as enfermeiras que não precisaram ir ao meu quarto toda hora me levando remédios e vendo a minha pressão.

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Sergio todo feliz levando João Paulo para o berçário.

Começou a sessão telefonemas, foi uma chuva de ligações e o melhor de tudo era que eu mesma podia atender e falar com os amigos pelo telefone. Era engraçado porque mesmo sabendo que o parto tinha sido normal, as pessoas falavam “Vou desligar porque vc não pode falar muito” e eu respondia que não, que eu podia falar sim e o quanto eu quisesse por que tinha sido parto normal, não haviam cortado a minha barriga!!! Eu mesma poderia tagarelara a vontade. Logo que cheguei no quarto, recebi o telefonema da Laurinha, da Claudinha e da Rebeca de Belo Horizonte, minha amiga virtual que me incentivou tanto o VABC.
Meu pequenininho chegou no quarto e pôde mamar no peito na primeira hora do nascimento. Dessa vez, ele pegou de jeito e mamou muito. Ficou sendo admirado de perto por toda “equipe de parto”. Pude levantar da cama e ir tomar banho 6h depois do parto. Nossa que diferença!! Levantei da cama super bem, fiquei de pé tranquilamente e tomei banho sozinha, uma beleza.

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Que diferença da cesárea anterior! Após o parto, olha eu aqui de banho tomado e andando!!

À tarde, meu pai Mauricio, minha tia Pipita, a minha empregada Patrícia e a minha pequenininha linda Maria Clara foram nos visitar. Foi maravilhoso ver os dois juntos: Maria Clara e João Paulo. Eu pensei que eu fosse chorar muito, mas não, tudo aconteceu do início ao fim com tanta naturalidade... Clarinha olhou para o irmão, sorriu e falou “neném”, quis fazer carinho na cabecinha dele. Os meus dois filhos estavam ali comigo. Dois filhos... quem diria!

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... E eles se conheceram, dois irmãos e uma vida pela frente... meus filhos!

O parto do João Paulo foi libertador, acho que agora eu faço qualquer coisa na minha vida. Que momento emocionante! Como foi diferente da frieza da cesareana... como é maravilhosa a experiência do parto normal!
Só o nascimento do meu filho já mostra o que um ambiente humanizado faz de diferente num trabalho de parto. O João Paulo provou que é possível um parto normal depois de uma cesareana com distância interpartal de 1 ano e 10 meses, provou também que circular de cordão e cultura positiva para streptococus agalathie não impedem o parto normal.
Agradeço a Jesus e a Nossa Senhora por essa realização pessoal na minha vida. Agradeço ao meu marido Sergio por ter abraçado essa causa junto comigo desde o início, agradeço a minha doula Ingrid, a Geizi e a Gica, minhas amigas queridas. Agradeço também as minhas amigas virtuais que tanto tiraram minhas dúvidas e incentivaram esse tempo todo: Socorro Moreira, Rebeca e Dydy.

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Minha linda equipe de parto, rs, Gica, Ingrid, eu, Sergio e Geizi.

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Querida Ingrid, vc sabe que sempre fará parte da minha história! Obrigada por isso.


A frase que fica é “A DIDI CONSEGIU!”
Essa é a frase que escutei em tantos telefonemas e li em vários emails... hehe. Obrigada aos meus amigos que torceram junto comigo e ficaram na expectativa.
Conseguimos!!!
Um beijo carinhoso, Edwiges, Sergio, Maria Clara e João Paulo.

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NOSSO CAÇULA, NOSSO ANJINHO, NOSSO MENINO, AMADO, DESEJADO E ESPERADO.
DEUS QUIS QUE ELE NASCESSE E FOSSE NOSSO FILHO.
MUITO OBRIGADA SENHOR!



Às 13:38

Comente Aqui! 13


13 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Didi

A sua história é linda!!!!
Parabéns por ter conseguido realizar o seu sonho.
AMEI A foto da Clarinha vendo o fofo do JP.
Te Adoro.
Mil Beijos
Dani

5 de outubro de 2007 às 01:28  
Blogger Unknown disse...

A DIDI CONSEGUIU!!!rsrsrs

Parabéns Didi!!! A história foi linda, parecia q eu estava lá tbm.
Deus te abençoe e toda a família.

Parto humanizado, eu apoio!!!

Bjus no coração e fique c Deus.

5 de outubro de 2007 às 01:48  
Blogger Dedéia disse...

Didi,

O modo como vc relatou todo o trabalho de parto foi tão intenso que tive a impressão de ter participado desse momento! Parabéns mais uma vez, amiga!!!
O João Paulo é muito lindo...que menino mais fofo!

Amiga, lembro que em algum outro e-mail vc me falou sobre o streptococus mas eu (na pressa de ler os e-mails no micro do serviço com chefe por perto)não me atentei q era vc quem estava com a tal bactéria! Achei q fosse um caso q vc havia ouvido falar...rs
Que bom saber q isso não impede o parto normal!

Bjos

5 de outubro de 2007 às 07:09  
Blogger Carla Toledo disse...

Oi amada!

Adorei ver as fotos!

Muito linda e abençoada sua família!

Como diz a Flor q faz algo que ela acha bom: "Viva!!!" :)

Bjs,

Carla.

5 de outubro de 2007 às 09:26  
Anonymous Anônimo disse...

Querida Didi, Pax!

Li o relato do parto do seu filhotinho e fiquei muito emocionada. Que momento lindo, que Graça poder disfrutar de um momento tão íntimo com seu menininho, momento este que compartilhamos, mas que você foi a única eleita para compreender na mais intensa profundidade.
Estou um tanto quanto enrolada, faço prova de mestrado amanhã e no dia 13 (se eu passar na de amanhã), mas assim que passar este outubro divinamente extressante, vou marcar contigo para nos vermos e para eu conhecer sua princesinha e seu principe. Mande um grande beijo para o Ségio e diga a ele que ele é o papai mais fofo, companheiro e lindo que existe.

Santa Semana! Muitos beijos pelos lábios da Virgem Imaculada.

5 de outubro de 2007 às 13:50  
Anonymous Anônimo disse...

Amiga,
O relato do seu parto é emocionante, desde que eu cheguei aqui no trabalho tento ler e é tanta coisa p/ fazer que só agora que consegui chegar ao final,já estava nervosa, toda hora querendo parar p/ ler e não conseguia, rsrsrs, com certeza daria uma matéria linda p/ uma dessas revistas de Pais e Filhos.
Parabéns querida que Deus abençoe vocês e proteja.
Beijos
Ana e suas pimpolhas: Duda e Nanda

5 de outubro de 2007 às 16:10  
Blogger Rebeca Doula disse...

Eu quero ver como ele tá agora, depois de 40 dias de leite de mãe!
Bjocas!

6 de outubro de 2007 às 00:11  
Blogger Giovana Genaro disse...

Preciso fazer algum comentário??? rsrsrsrsrs... só dizer que este foi um dos momentos mais lindos e felizes da minha vida até hoje! Obrigada, minha linda, por permitir que eu vivenciasse tão grande presente! Amo MUITO todos vcs!!!
Um beijo grande!
Da caçulinha, Gica!

6 de outubro de 2007 às 17:40  
Blogger Unknown disse...

Deus seja louvado o dom da maternidade !!!!!!!!!!

José Renato

6 de outubro de 2007 às 21:25  
Anonymous Anônimo disse...

Oi Di

Li o Blog, quanta aventura hein, minha mão até suou de tanta tensão, mas graças a Deus foi tudo como Deus quis e que bom que vc se alegrou com a vontade dele. Agora vc tem um lindo testemunho para incentivar as mães poderem adotar o parto normal indo contra a todas aquilo que dizem sobre não fazer parto normal com cordão umbilical enrolado etc...
Deus abençoe sua família.
João Paulo é lindo!!!
bjs da tia Ju

10 de outubro de 2007 às 10:23  
Anonymous Anônimo disse...

Minha Querida... Estou tão em débito com você... Mas tenha a mais absoluta certza de que mesmo sem ter me "manifestado formalmente" como deveria, pensei muito em você e rezei para que tudo desse certo, como de fato deu... Estou muito, mas muito feliz por vocês, por você ter realizado seu sonho, por estarem todos com saúde. Você é uma pessoa muito especial e nunca se esqueça do quanto eu gosto de você e o quanto me faz bem poder compartilhar desses seus momentos, ainda que de longe. Li o relato com lágrimas nos olhos e me encantei com cada foto (confesso: especialmente a da Clarinha olhando para o irmão). Parabéns, Didi!!! Te ADORO demais!!!
Beijos mil, Deca

14 de outubro de 2007 às 20:43  
Anonymous Anônimo disse...

Poderia demorar, mas jamais poderia deixar de lhe
responder.

PARABÉNS!

Você é uma guerreira.

Muitas felicidades para todos vocês.

Beijinhos

17 de outubro de 2007 às 10:47  
Blogger Unknown disse...

Oi Didi!

Que lindo esse espaço! Voce conta tudo com tanta emoção que dá para sentir um pouco do clima de cada momento. Parabéns pelo lindo bebê! O João Paulo é fofo e abençoado por ter vindo ao mundo nessa linda família. Beijos a todos e beijos muito especiais para a Clarinha (amiguinha da minha Alaninha) e para o João Paulo.

29 de outubro de 2007 às 23:34  

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Olá!!
É muito bom ter você como meu leitor e espero de coração que este post tenha acrescentado um algo a mais na sua vida. Deixe seu comentário sobre o que você leu e vamos começar nossa partilha.
Grande beijo,
Edwiges

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